SINOPSE

Um ano e meio na vida de 70 jovens servindo o exército em um quartel da Brigada Pára-quedista na Vila Militar, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um filme sobre estar no exército; não sobre a instituição em si. Um olhar sobre jovens de 18 anos, pela primeira vez longe de casa, tendo de se adaptar a uma instituição que representa acima de tudo a ordem; em um país que sem apreço por instituições ou ordem.

FICHA TÉCNICA

Direção: Guilherme Coelho 

Roteiro: Márcia Watzl, Guilherme Coelho e Nathaniel Leclery 

Montagem: Márcia Watzl 

Fotografia: Alberto Bellezia 

Som Direto: Aloysio Compasso, Renato Calaça, Leandro Lima, Bruno Fernandes, Rômulo Drumond e Evandro Lima 

Produção: Mauricio Andrade Ramos, Guilherme Coelho, Nathaniel Leclery e Mariana Ferraz

FESTIVAIS

Festival do Rio 2007
Seleção Oficial

Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2007
Seleção Oficial

Mostra de Cinema de Tiradentes 2007
Seleção Oficial

NOTA DO DIRETOR

Todos os anos, 115 mil jovens prestam serviço militar nas três Forças Armadas brasileiras. Até quatro anos atrás, esse número superava o total de alunos da maior universidade do país (que, aliás, é privada). Hoje, o Exército é uma mistura de universidade e serviço social. A avassaladora maioria dos jovens busca ali não o encaminhamento de uma vocação, mas sim um complemento de renda para suas famílias. A recente tragédia nos Morros da Providência e Mineira evidencia a urgência com que devemos repensar esta instituição. A primeira questão é quanto ao tipo e qualidade da formação que a sociedade brasileira gostaria de prover a estes jovens. Podemos constatar como o caráter assistencialista das Forças Armadas está evidente para as populações mais humildes – além de entronizada e aceita pelo oficialato, que talvez veja aí uma garantia de recursos. Devemos então nos perguntar se, para realizar um serviço social, precisamos treinar jovens com armas, num país com graves problemas de segurança pública. Complementarmente, devemos pensar se concordamos que essa distribuição de renda se dê por exclusão de metade da população, já que o serviço militar é obrigatório somente para homens (que, na verdade, hoje são quase todos voluntários).

Guilherme Coelho

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